
DEGUSTAÇÃO O vinho dos papas e o papa dos vinhos brancos
Châteauneuf-du-Pape, no sul da França: tintos musculares e brancos de encher a boca Tive a grande sorte ao ser convidado para uma degustação de três vinhos tintos top de Châteauneuf-du-Pape da mítica safra de 90 no restaurante Pommodori, em São Paulo. Châteauneuf-du-Pape é uma cidade no sul da França famosa por seus vinhos tintos musculares, e por brancos que enchem a boca. São permitidas treze uvas na "appellation" dos tintos, predominando a grenache e nos brancos sete uvas.
O melhor dos três da degustação foi o Réserve des Célestins, uma edição especial produzida por Henri Bonneau, mago da região, que ainda não é importado para o Brasil. O equilíbrio desse vinho é grande, aromas de chocolate, cogumelos, trufas e boca com retrogosto longo.
A família Sabon tem tradição de grande artesanato no feito de seus Châteauneuf, os Clos du Mont-Olivet já são uma jóia, e a produção mínima do ultraespecial La Cuvee du Papet é rara mesmo. No nariz, pimenta-do-reino, bife (os norte americanos falam de steak aromas) e boca quente spicy.
Réserve des Célestins (o melhor) e La Cuvee du Papet (ultraespecial) A edição especial do famoso Château de Beaucastel, o Hommage a Jacques Perrin é um vinho que gosto muito faz tempo, inclusive me lembro bem desse 90 que bebi em 1997 ou 1998. Como a safra de 90 foi muito importante, o amadurecimento pode ser lento, como é o caso desse vinho que merece dormir um pouco mais na adega. A degustação foi às cegas e esse foi o único que identifiquei, pela característica exótica do nariz, aromas de caça, crina de cavalo. Se eu fosse rico, andaria nesse cavalo direto, coisa séria.
Mas a papa fina da degustação foram duas garrafas de Montrachet 83 produzidas pelo Romanée-Conti, ou seja o Romanée-Conti branco a grossíssimo modo. Um dos três melhores brancos do planeta.
Hommage a Jacques Perrin (aromas de caça) e Montrachet 83 (papa fina)
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